Conheça dicas e procedimentos para evitar prejuízos ao comprar um veículo seminovo.

Adquirir um carro usado é uma ideia que tem conquistado cada vez mais brasileiros. Em 2023, o mercado continuou superaquecido, segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), e só no primeiro semestre mais de 4 milhões de veículos usados foram vendidos.

Entretanto, antes de verificar a cotação de seguro de um carro seminovo, o comprador precisa ter atenção máxima durante o processo de compra. Quais são os golpes mais comuns envolvendo a venda de carros usados? Quais pontos merecem atenção antes de fechar um negócio? Neste texto, tire suas principais dúvidas sobre o assunto para evitar prejuízo.

Os golpes mais comuns

Há diversos golpes e outras fraudes que demandam a atenção dos motoristas na hora de comprar um veículo usado. O mais comum deles é o da quilometragem adulterada, quando o número de quilômetros rodados é reduzido para parecer que ele está menos desgastado. Felizmente, hoje, é fácil de descobrir isso. Um laudo cautelar permite detectar uma alteração na programação do veículo, o que faz com que a inspeção do carro não seja aprovada.

Outra fraude antiga diz respeito a carros que tinham passagens por leilão apagadas, fazendo o comprador “trocar gato por lebre”. Nesses casos, a tática infalível é fazer um laudo cautelar, a fim de verificar e  descobrir eventuais problemas no histórico do veículo. No entanto, é importante ressaltar que o laudo ECV, por ser mais simplificado, não inclui essa referência ao processo de leilão, característica exclusiva do laudo cautelar.

Identificar carros que foram danificados e reparados é uma tarefa fácil, mas, mesmo com uma análise cuidadosa, não é possível comprovar que o carro tem um sinistro. O sinistro acontece quando há ocorrência de um problema, como uma batida muito forte do automóvel, dado que vai para o histórico das seguradoras e que fará aparecer o “apontamento” nos laudos cautelares. Esse tipo de laudo é imprescindível, pois faz uma análise estrutural do carro, capaz de identificar sinais de batidas fortes na traseira, na dianteira ou na parte estrutural do carro.

Há situações em que, na hora da negociação, não existem multas atreladas ao veículo. Entretanto, com o passar do tempo, elas aparecem no histórico do carro. Para evitar esse prejuízo, o ideal é fazer uma pesquisa de multas do automóvel no Detran do estado onde ele está registrado. Além disso, outro conselho é fazer um acordo por escrito com o vendedor, no qual a data de entrega do veículo vale como responsabilidade para eventuais multas.

Outro caso comum é a fraude do laudo falso, um golpe que acontece até mesmo em lojas ou concessionárias. Com esse laudo, as informações do veículo são adulteradas, e o comprador acaba sendo prejudicado. Portanto, o ideal é o próprio interessado levar o automóvel a um local de confiança para realizar o laudo cautelar, sendo este um direito. Também é possível verificar a autenticidade do documento com a empresa emissora, conferindo o número do documento.

Como se prevenir de fraudes e golpes

Além das dicas mencionadas, o interessado precisa saber como evitar cair em outros tipos de fraudes ao comprar veículos seminovos. Um bom conselho é sempre desconfiar de ofertas que estejam muito abaixo do valor padrão de mercado. É importante sempre checar o preço atualizado na tabela FIPE e compará-lo com o do anúncio.

Outra dica valiosa é jamais realizar o pagamento antecipado. A sua efetivação só deve ocorrer após verificação do veículo por meio do laudo cautelar e da checagem da documentação, assim como de possíveis multas.

Se for comprar o carro em páginas de venda, faça uma pesquisa minuciosa sobre ele. Cheque a reputação do site em órgãos de defesa do consumidor e verifique se há queixas ou problemas judiciais atrelados a ele. Caso haja contrariedades, o ideal é fazer a compra em outro site. A mesma dica vale para quando for adquirir veículo de uma pessoa física. Exija transparência e busque informações sobre o vendedor. Se, durante o processo de negociação, ele se recusar a fornecer alguma dado essencial, desconfie.

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